quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Avaliação de Empresas e Decisão de Investimentos

Para mensurar e tomar decisões a respeito dos investimentos que a empresa irá fazer, é necessário ter o conhecimento do conceito de Valor Presente Líquido, pois é ele quem irá ser o fator chave para a decisão final.

- Valor Presente Líquido: Contempla as informações de valor do investimento, o valor dos fluxos futuros de benefícios desse investimento, o prazo em que ocorrerão esses benefícios futuros e o custo do dinheiro no tempo.

                - Valor do Investimento: Refere-se a todos os gastos necessários para que o investimento possa render fluxos futuros, como exemplo é possível citar os gastos necessários para o giro do negócio, gastos pré-operacionais, gastos necessários para implementação das atividades.

                - Valor dos fluxos futuros de benefícios: Esse valor pode ser entendido como os benefícios que o investimento irá trazer ao logo de sua duração. Esses benefícios podem ser lucros de aplicações financeiras, dividendos recebidos de ações e lucro com o giro do negócio.

                - Prazo dos fluxos futuros de benefícios: Esse prazo representa até quando tal investimento trará benefícios futuros. É possível exemplificar como durante quanto tempo uma aplicação financeira irá me render juros, ou por quanto tempo uma ação irá me pagar dividendos.

                - Custo do dinheiro no tempo: O valor do dinheiro no tempo significa que esse dinheiro irá valer de uma maneira diferente no futuro do que ele vale hoje. Esse custo que ele tem ao longo do tempo representa o risco de ter o dinheiro agora, ou  esse valor no futuro com maiores riscos embutidos.


Dessa forma, é possível concluirmos que para tomar decisões para investir os recursos próprios, uma empresa deve analisar diversas variáveis para chegar em uma conclusão que lhe dê segurança e conforto. 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Política de Redução de Custo

É o conjunto de diretrizes coordenadas pela alta administração da empresa, tendo como objetivo a redução de custos e despesas, por meio de diversos meios como medidas e procedimentos específicos coordenados e integrados, para o ganho de eficiência e produtividade.

Dessa forma, o objetivo fundamental da política de redução de custos é o aumento do valor da empresa para os donos ou acionista por meio do lucro, isto é, LUCRO = VENDAS – CUSTOS. Assim, dentro do lucro, seus componentes como receitas (vendas), custos/despesas devem ser trabalhados de forma conjunta para conseguir a eficiência da Política de Redução de Custos (PRC).

Pode-se dizer que os pilares para estruturação da Política de Redução de Custos (PRC) são os aspectos estratégicos e sistêmicos, os quais engloba a generalidade, integração e permanência sendo assim os principais fundamentos da PRC.

Como características a Política de Redução de Custos (PRC) deve:

• Ser integrada (enfoque sistêmico);
• Ser contínua;
• Abranger todos os aspectos da empresa;
• Acompanhar todos os componentes do processo de gestão.
• Ter o comprometimento com a criação de valor para os acionistas pelos gestores;

Quanto a estruturação hierárquica da Política de Redução de Custos (PRC) constata-se:

• Em nível estratégico: os elementos condutores são o volume (escala de produção) e a tecnologia do produto. Neste nível ou camada, o aumento do nível de produção é o fator que mais contribui para reduzir o custo médio unitário de fabricação dos produtos e serviços.

• Em nível operacional: é o nível subsequente às definições estratégicas que compreende a estrutura do produto, a gestão do roteiro de fabricação, a gestão do tempo físico e do aspecto financeiro.

• Em nível de execução e controle: busca o menor custo de cada recurso e das transações de cada um deles.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Avaliação Global do Resultado

Análise Financeira ou de Balanço

      É um processo de verificação sobre os Demonstrativos Contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. A avaliação sobre a empresa busca propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. Nesse processo, o analista vale-se de uma série cálculos matemáticos, traduzindo os Demonstrativos Contábeis em indicadores.


Técnicas Básicas da Análise de Balanço
  • Análise Vertical: neste tipo de análise assume-se como 100% um determinado elemento patrimonial e faz-se uma relação percentual de todos os demais elementos sobre ele. Convenciona-se adotar como 100% o total do ativo e do passivo e a receita líquida dos impostos;

  • Análise Horizontal: é uma analise de crescimento ou de variação. Toma-se como 100% todas as contas de um determinado período e faz-se uma relação percentual em cima dos dados desse período. O novo número relativo indica o quanto o dado do período subsequente é maior ou menor que o do período anterior;

  • Indicadores Econômico-Financeiros: compreende a geração de um painel básico de indicadores para complementar as análises vertical e horizontal. Tem o objetivo de facilitar ainda mais o entendimento da situação da empresa. São apresentados em termos de índices, percentuais, números absolutos, dias;

  • Avaliação Final: consiste em um relatório que suaria as conclusões obtidas na análise dos Demonstrativos Contábeis.


Indicadores Econômico-Financeiros

     A análise dos indicadores financeiros deve considerar todos os aspectos conjuntamente. O analista deve assumir alguns parâmetros e dizer se a empresa está bem ou não tanto em cada um dos indicadores como no conjunto deles, tendo como finalidade dar um grau de confiança maior tanto para o analista como para o usuário dos relatórios da análise de balanço.


Análise de Rentabilidade


     É dividida em dois aspectos:
  • Análise da geração da margem de lucro: leva em conta o desempenho operacional da empresa, para avaliar se há maior ou menor necessidade de margem operacional sobre as vendas;

  • Análise da destinação do lucro: leva em conta a alavancagem do capital de terceiros, para aumento da rentabilidade do capital próprio.
Margem de Lucro


    Relaciona os dois componentes principais da geração operacional do lucro para analisar a rentabilidade operacional: Rentabilidade Operacional = Giro do ativo x Margem

Ativo Operacional e Giro do Ativo

     Ativo operacional são todos os valores investidos em ativos necessários para obter as vendas. O giro do ativo é calculado pela fórmula: Giro do Ativo Operacional = Receita Operacional Líquida/Ativo Operacional

Lucro e Margem Operacionais

    É lucro das operações de compra, produção e venda dos produtos e serviços da empresa. Resultados financeiros e de outras operações não devem ser considerados como operacionais. A margem operacional é calculada pela fórmula: Margem Operacional = Lucro Operacional/Receita Operacional Líquida

EVA – Valor Econômico Agregado ou Adicionado

     É um custo de oportunidade, sendo considerado o lucro mínimo que a empresa deveria ter para remunerar adequadamente o investimento do acionista. Não há um consenso sobre qual taxa de desconto utilizar para encontrar o custo de oportunidade, por isso sugere-se algumas: taxa de juros de longo prazo, custo médio ponderado de capital da empresa, dentre outras.

Análise de Geração de Lucros e EBITDA: 

     Tem como objetivo identificar os principais fatores de geração de lucro e caixa dentro da empresa. Pode ser de duas formas, partindo do lucro líquido final ou partindo da própria demonstração de resultados.

  • Lucro das Operações: tem a finalidade de indicar os itens da demonstração de lucros, que têm uma relação direta com o caixa, sem considerar elementos de lucros, receitas e despesas.

  • Lucro Gerado para o Caixa: parte do conceito anterior, mas excluem-se do lucro das operações as aplicações no capital de giro próprio da empresa.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Controle Orçamentário



          É o processo de acompanhamento do orçamento da empresa através da captação dos dados referentes ao que foi executado – contabilidade – e da comparação com o que havia sido orçado, planejado – orçamento.
        Esta atividade apura as divergências, identifica suas causas, implementa ações corretivas, garante o alcance das metas e a correção dos desvios e avalia desempenhos. Trata-se de uma atividade de gerência da economia da empresa.

          Nem sempre é possível seguir o rumo traçado. As condições mudam, e a empresa tem que se ajustar a elas se não puder controlá-las. De qualquer modo, o administrador necessitará acompanhar os desvios, analisá-los e tentar corrigi-los.

       O orçamento funciona como uma ferramenta que os gerentes podem usar para monitorar periodicamente o progresso, comparando resultados reais com resultados planejados. Esse feedback ou monitoramento e avaliação do progresso, por sua vez, permite que ações corretivas sejam tomadas oportunamente, se necessárias (NARAYANAN, 2009).

        Portanto, a primeira finalidade do controle orçamentário é possibilitar à direção a tomada de decisões que corrijam as falhas existentes e procurar colocar a empresa no rumo certo. Se, por outro lado, a avaliação periódica mostra que a organização está no rumo certo, com resultados reais que equivalem aos resultados planejados no orçamento, nenhum ajuste ao plano de ação será, então, necessário.

         Para se aprofundar no assunto, vale a pena ver o vídeo abaixo:

Controle Orçamentário

O controle orçamentário acontece após a execução das transações dos eventos econômicos previstos no plano orçamentário. Não se concebe um plano orçamentário sem o posterior acompanhamento entre os acontecimentos reais versus os planejados e a análise de suas variações.

Objetivos, conceitos e funções:

Os objetivos principais do Controle Orçamentário são:
  • Identificar e analisar as variações ocorridas;
  • Corrigir erros detectados;
  • Ajustar o plano orçamentário, se for o caso, para garantir o processo de otimização do resultado e eficácia empresarial.
Responsabilidade pelo Controle Orçamentário

O Controle Orçamentário é mais um dos instrumentos de gestão necessários para otimizar a geração de lucro dentro de cada área de responsabilidade dos gestores. Concomitantemente a isso, o setor de Controladoria deve efetuar o monitoramento e apoio aos gestores individuais sobre seus orçamentos. Além disso, cabe à Controladoria efetuar o Controle Orçamentário da organização como um todo, haja vista a responsabilidade dela pelo conjunto do processo orçamentário e o acompanhamento e coordenação dos objetivos globais do empreendimento. Cabe, ainda, à Controladoria o papel de propor ações corretivas, decorrentes do Controle Orçamentário, tanto para os gestores individualmente quanto para a empresa como um todo.

Relatórios de Controle Orçamentário

Todas as peças orçamentárias devem ser objetos dos relatórios de acompanhamento em relação ao realmente acontecido. O relatório clássico de Controle Orçamentário, por tipo de despesa e receita, para todos os centros de custos ou divisões, compreende:

  •  Os valores orçados para o mês em pauta;
  • Os valores reais contabilizados no 
  • A variação do mês entre o real e o 
  • Os valores orçados acumulados até o mês em 
  • Os valores reais acumulados contabilizados até o 
  • A variação acumulada entre o real e o orçado até o mês.

Pode ser complementado com as seguintes informações:

  • Variação percentual do mês;
  • Variação percentual até o mês;
  • Total do orçamento do ano (budget);
  • Soma dos dados reais até o mês mais o orçamento restante do ano (forecast).
https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhdjmHulX09YV2oXYmXNmrfE4bLoSqSHcRgmBQSMml0Sp_B5oSaGuYyn8i8TEuAWLxTrx3yqfAkdX_hI8Nsjrr45zxvWYcKXJm13TA9aInKP9lEa3QA_GE84J6MPp8aWQSJ_d-VdLLouDaM7h01Tb1XpV_rJFdfkiJJW85sMujvtb4CtMWNC3w=

Imagem 1: Modelo de relatório de controle orçamentário.  Fonte: http://www.tomislav.com.br/wp-content/uploads/2011/12/acompmtorcamt.jpg

Relatório de Receitas e Despesas Reais X Orçadas por Centro de Custo

Mensalmente, todos os responsáveis pelos centros de custos devem ter acesso a esses dados, que são a fonte básica de informações para avaliação de seu desempenho e resultado em relação ao orçado.
Cada centro de custo deverá ter seu relatório específico. Seguindo a linha hierárquica da empresa, relatório de mesmo modelo deverá ser elaborado de forma aglutinada para as chefias que têm responsabilidade por mais de um centro de custo. Assim, o mesmo modelo deverá somar os dados de cada gerência, diretoria, unidades de negócio etc. até o total da empresa.

Relatório de Receitas e Despesas Totais por Centro de Custo e Unidades de Negócios

Um segundo relatório básico é focalizar, em resumo, o total das despesas e receitas por centro de custo e unidades de negócios, listando todos eles, para dar uma visão geral do plano orçamentário. É um instrumento muito importante para a Controladoria, pois permite uma visão abrangente do andamento das operações da empresa. Este formato poderá ser utilizado para todas as demais peças orçamentárias, incluindo os demonstrativos contábeis projetados.

Análise das Variações

Tendo como base as informações levantadas pelos relatórios de Controle Orçamentário, é feita a análise das variações, a qual busca identificar com maiores detalhes os principais motivos que causaram a variação em valor de cada item orçamentado, fundamentando sua justificativa pelos gestores responsáveis pelos orçamentos e operações.

A diferença de valor entre os dados reais e orçados basicamente decorre de dois elementos:

  •  Quantidade real diferente da quantidade orçada;
  •  Preço real diferente do preço orçado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Projeção dos Demonstrativos Contábeis

A projeção dos demonstrativos contábeis nada mais é do que o resultado do orçamento, ou seja, através dele são mensurados os números esperados pela empresa, sendo estes agrupados para a confecção do demonstrativo de resultados projetado, do demonstrativo de fluxo de caixa projetado e o balanço patrimonial projetado.

Assim, é o segmento do plano orçamentário que consolida todos os orçamentos. É a parte do balanço patrimonial inicial que incorpora o orçamento operacional e o orçamento de investimentos e financiamentos, projeta as demais contas e conclui com um balanço patrimonial.

A projeção dos demonstrativos contábeis é a conclusão do processo orçamentário, onde todas as peças orçamentárias são reunidas dentro do formato de Demonstração de Resultados e Balanço Patrimonial. A projeção dos demonstrativos contábeis, baseia-se em um balanço patrimonial inicial, na demonstração de resultados do período orçamentado, no balanço final após a demonstração de resultados e no fluxo de caixa como consequência dos itens anteriores.

De acordo com a maioria dos autores os demonstrativos a serem projetados são:
• Demonstrativo de Resultado (DRE);
• Balanço Patrimonial (BP);
• Fluxo de Caixa (DFC).

Assim, a projeção do demonstrativo de resultado do exercício é elaborada a partir dos orçamentos operacionais como: o orçamento de vendas, orçamento de fabricação e orçamento de despesas operacionais. Desta forma, para a elaboração da projeção do DRE, será necessário buscar as informações de vendas no orçamento de vendas, sendo da mesma forma com as deduções da venda (impostos sobre vendas), custos do produto vendido e despesas.

Quanto a elaboração da projeção do balanço patrimonial obedece a mesma lógica, transportando os valores do orçamento de cada peça orçamentária para a estrutura do balanço utilizada pela empresa. O balanço patrimonial projetado pode ser apresentado junto com balanços de outros períodos encerrados, sob a forma de comparativo, podendo ser levantado ao término de cada mês, trimestre ou ano, de acordo com a necessidade da empresa. Se após a elaboração da projeção do balanço patrimonial, os resultados se mostrarem insatisfatórios, será necessário que a empresa faça uma análise das divergências e reprograme as contas que comprometam o resultado, até que este seja satisfatório.

A projeção de fluxo de caixa é uma atividade indispensável para a grande maioria das empresas, podendo variar o grau de formalização utilizado em sua confecção. O desenvolvimento do orçamento de caixa, envolve projeções de entradas e saídas de recursos, necessidades de financiamentos e de controle dos recursos financeiros, devendo preocupar-se com a defasagem de transações, com as necessidades de caixa e com o excesso de fundos.

Após a etapa da elaboração do orçamento estar cumprida e aprovada pela direção e administradores da empresa, este está pronto para entrar em prática, ou seja, a partir do início do período orçado a empresa deverá levantar relatórios e demonstrativos para a verificação da sua realização através do controle orçamentário.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Orçamento de Investimentos e Financiamentos

O enfoque básico é elaborar o orçamento dos gastos previstos com investimentos que serão ativados como ativo não circulante, bem como dos financiamentos necessários para fazer face à necessidade de fundos para aquisição.

Orçamento de Investimentos:

Refere-se a um comprometimento de recursos financeiros no presente com a finalidade de que gere algum retorno em determinado período futuro. Assim, resumindo, é uma renúncia ao consumo presente, utilizando o recurso financeiro de forma produtiva, gerando no futuro um retorno que compense seu emprego.
Exemplos: reformas de obras, equipamentos operacionais, aquisição de equipamentos (móveis, veículos, softwares e computadores).
Tem como finalidade complementar o orçamento das depreciações por centros de custos, bem como dar subsídio para o Orçamento de Financiamentos, além de serem um dado natural para o orçamento de caixa.
Há vários tipos de peças orçamentárias tais como: Orçamento de venda ou aquisição de investimentos em outras empresas, Orçamento de venda ou aquisição de imobilizado e Orçamento de intangíveis.

Orçamento de Financiamento:

Tem por finalidade prever tudo o que for relacionado com a área de obtenção de fundos, os gastos para manutenção desses fundos e os pagamentos previstos.
Exemplo: Programas estratégicos de propaganda, atualização de sistemas de informação, introdução de novas tecnologias de informação, reformulação da estrutura de capital.
Há vários tipos de peças orçamentárias tais como: Orçamento dos novos financiamentos ou fontes de fundos, suas despesas financeiras e desembolsos; Orçamento das despesas financeiras e desembolsos dos financiamentos já existentes; Orçamento de outras despesas e receitas financeiras
Para o adequado cálculo do orçamento há a necessidade da identificação e coleta de todas as informações, assim, possibilitando a correta elaboração das peças orçamentárias, principalmente as relacionadas com os financiamentos.
São necessárias as seguintes informações para a elaboração do orçamento:
  •          Tipo de financiamento e sua moeda de origem;
  •          Indexador contratual;
  •         Taxa de juros;
  •         Spread e comissões bancárias;
  •          Impostos incidentes (IOF-IOC, IRRF);
  •          Prazos de carência e cronograma de amortização do principal da dívida e dos juros.



A fim de complementar as informações sobre o assunto proposto, sugerimos o acesso ao seguinte trabalho (Prezi) “Orçamento Investimentos e Financiamentos” (Caio Costa; Danilo Rodrigues; Felipe Kuhl; Isadora; Rafael Xavier), o qual está disponível em: https://prezi.com/c2ssodfk3z7o/orcamento-investimentos-e-financiamentos/.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Orçamento de Despesas Gerais

Consiste em elaborar pelo menos uma peça orçamentária para cada setor da empresa, a cargo de um responsável.
"Cada despesa deve ser orçada segundo suas características comportamentais"
Aspectos Gerais do Orçamento de Despesas: Orçamento seguindo a hierarquia estabelecida; Departamentalização; Orçamento para cada área de responsabilidade; Custos Controláveis; Quadro de premissas; Levantamento das informações-base; Observação do comportamento dos gastos; Orçar cada despesa segundo sua natureza comportamento

Organograma Empresarial e Departamentalização
O orçamento segue a hierarquia da empresa. A representação através de um organograma facilita a análise dos gastos, identificação dos setores e sintetiza os orçamentos analíticos. A departamentalização é o critério mais utilizado para estruturar o sistema de informação contábil orçamentário, segundo o organograma empresarial. Consiste em identificar as menores áreas de responsabilidade, com o menor nível de decisão e, portanto, grau de responsabilidade sobre controle, dentro do conceito de centro de custo ou centro de despesa.

Accountability e Custos Controláveis
É importante que cada responsável, no menor nível de decisão da hierarquia da empresa, tenha seu próprio orçamento. O fundamento dessa responsabilidade é o conceito de custos controláveis, ou seja, devemos orçar para cada centro de custo unicamente os custos que são controlados pelo responsável pelo centro de custo. Não existem custos não controláveis. O Conceito de custos controláveis está dentro de um conceito fundamental de contabilidade por responsabilidade que é denominado de accountability, que, em linhas gerais, é a responsabilidade do gestor de prestar contas de seus atos ou a obrigação de reportar os resultados obtidos.

Rateio no orçamento de Despesas Departamentais
Algumas despesas são de consumo comum, ou seja, os gastos são efetuados de uma só vez, mas o serviço atende a vários setores ou centro de custos. Ex. Gastos com conservação e limpeza dos edifícios. O rateio não é recomendado sob o conceito de accountability. Deve-se sempre orçar a despesa no centro de custo do responsável pela gestão do gasto.

Orçamento por atividades
As empresas que adotam o método de custeamento de atividades (Custeio ABC) devem, em princípio, adotar a mesma metodologia no seu processo orçamentário. Assim, o orçamento de cada centro de custo deverá ter sub orçamentos por atividade.

Característica comportamentais dos Gastos
Cada despesa apresenta um valor que decorre de suas características próprias. Sendo a principal a variação do seu valor em ralação a alguma outra variável, que ocorre dentro ou fora da empresa, e que se relaciona com a despesa. Essa reação é denominada comportamento das despesas. Cada despesa deve ser orçada segundo suas características comportamentais. A classificação tradicional para análise de comportamento dos gastos em relação a alguma atividade é a sua separação em custos e despesas fixas e custos e despesas variáveis. Neste caso, as variáveis utilizadas são o volume de produção e de vendas, ou o volume de atividades que direcionam os gastos.

Custos Fixos e capacidade de produção ou vendas
Os custos fixos também denominados custos de capacidade, medem os gastos necessários para a operacionalização da fábrica e da comercialização em determinado nível de capacidade. Podem ser classificados em: custos fixos comprometidos (são aqueles ligados intrinsecamente à utilização de um parque fabril ou comercial – são gastos para manter a fábrica ou as vendas em operação. Ex. Aluguéis de imóveis operacionais, taxas de funcionamento) e custos fixos discricionários (são gastos que são administrados e podem ser alterados dependendo da dotação orçamentária anual. Ex. despesas com publicidade e propaganda).

Custos Variáveis, Semivariáveis, Semifixos e Estruturados
Custo Variável: É o custo que tem relação direta e proporcional com o volume de produção, venda ou outra atividade. Ex. Materiais diretos;
Custos Semivariáveis: São custos que variam em proporção diversa da proporção da variação do volume de produção ou de venda. Ex. Gastos com Materiais indiretos;
Custos Semifixos: São os custos que contêm, na sua formação de valor, uma parcela fixa e outra que varia com as atividades. Ex. Gastos despesas com telefone (assinatura mais pulsos);
Custo Estruturado: É chamado de custo estruturado o custo que tem uma variação em relação ao elemento sob o qual ele é estruturado ou ligado e é causa de seu valor maior ou menor. Ex. Despesas de viagens relacionadas com quantidade de vendedores; despesas de consulta a entidades de proteção ao crédito, que estão relacionadas com pedidos de venda e análise de crédito a serem efetuados.

Despesas a serem orçadas
Para cada departamento (centro de custo) deverá haver uma peça orçamentária que compreenda as despesas e suas responsabilidades e administração. Em linhas gerais, são quatro grupos de despesas: Mão-de-Obra Direta e Indireta; Consumo de materiais indiretos; Despesas Gerais Departamentais; Depreciações e Amortizações Departamentais.

Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação
Uma metodologia muito utilizada é elaborar o orçamento de despesas departamentais separando os gastos com mão-de-obra direta dos demais, que passam a ser denominados, no seu conjunto, de custos, gastos ou despesas indiretas de fabricação. O pressuposto básico é que mão-de-obra direta é um custo variável/direto, enquanto que os demais gastos são indiretos e devem ser absorvidos no custeamento unitário dos produtos, não havendo a necessidade de separação pelos principais grupos de despesas, nem pelo centro de custo.

Despesas Gerais Departamentais
São as demais despesas de consumo dos centros de custos ou atividades, conforme o plano de contas utilizado pela empresa. Cada despesa deve ser orçada considerando suas características próprias e seu comportamento em relação a alguma atividade estruturada, se houver. Alguns exemplos: Energia Elétrica; Telecomunicações e comunicações; Gastos com consumo de água e esgoto; Publicidade, propaganda, brindes, anúncios e publicações; Comissões sobre vendas; Aluguéis e arrendamento mercantil; Consultoria, assessoria, auditoria externa; Despesas Legais; Serviços autônomos.

Depreciações e Amortizações
Compreende as depreciações e amortizações de bens e direitos a disposição de cada centro de custo. O subsistema de controle patrimonial auxilia no cálculo das depreciações e amortizações. Devem ser alocadas e orçadas por centro de custo/departamento. As despesas a serem orçadas compreendem as depreciações e amortizações: dos bens e direitos existentes; dos bens e direitos a serem adquiridos durante o exercício orçamentário e decorrente do orçamento de investimentos.

Premissas e Dados Base
Uma metodologia muito válida e utilizada para facilitar o cálculo do orçamento de despesas é a construção de um conjunto de premissas para validar o processo de orçamentação das principais despesas de forma genérica. Juntamente com as premissas, recomenda-se a construção de um banco de dados base com valores ou informações que possam auxiliar a construção de todas as peças orçamentárias de despesas para todos os centros de custos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Orçamento de Vendas e Produção

Orçamento de Vendas

 - Fatores limitantes:
   1) Demanda
   2) Capacidade produtiva

 - Fases:
   1) Previsão da quantidade de vendas (por produto)
   2) Previsão dos preços de cada produto
   3) Identificação dos impostos sobre vendas
   4) Orçamento de vendas em moeda corrente

 - Métodos de previsão:
   1) Estatístico
   2) Coleta de dados das fontes de origens das vendas
   3) Uso final do produto (supply chain)


Orçamento de Produção

 - Dados importantes:
   1) Orçamento de vendas em quantidade de produtos
   2) Política de estocagem de produtos acabados


Exemplo

Previsão de Vendas para 05/01..................280 unid.
(+) Estoque Final Desejado (20 dias)........186,66 unid.
(-) Estoque Inicial Existente...............173,33 unid.
(=) Orçamento de Produção para 05/01...........293 unid.


Observações Importantes

 - Orçamento de capacidade: equipamentos e instações, MOD, impacto nos setores de apoio;
 - Orçamento de logística: rede logística, suprimento e transporte de materiais, movimentação interna, sistema de armazenamento, comercialização, distribuição, tecnologias de embalagens.

Orçamento de Produção: um estudo de caso

Em resumo, a pesquisa descritiva apresenta um estudo elaborado nas indústrias do Distrito Industrial I do município de Bauru/SP, cadastradas no CIESP - Diretoria Regional Bauru, investigando sobre a elaboração do orçamento de produção por estas empresas.


Disponível em: http://www.excelenciaemgestao.org/portals/2/documents/cneg8/anais/t12_0505_2230.pdf

Elaboração de Orçamento de Vendas

Em resumo, o trabalho referenciado a seguir buscou evidenciar a importância da elaboração de um Orçamento para a empresa, explicar como surgiu o Orçamento e como se desenvolveu até chegar aos modelos atuais, bem como define como deve ser elaborado o Orçamento de Vendas e quais os passos para a elaboração de um Orçamento em épocas de crise, como a atual crise financeira mundial.

Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/elaboracao-de-orcamento-de-vendas/29869/